Em 24 de março de 2023, a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), juntamente com a Sociedade Brasileira de Endocrinologia (SBEM), a Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício (SBMEE), a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO) e a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) divulgaram documento em que pedem, com veemência, ao Conselho Federal de Medicina (CFM) a votação urgente da regulamentação sobre o uso de esteroides anabolizantes e similares para fins estéticos e de performance.

A Sociedade Mineira de Cardiologia (SMC), representante de inúmeros especialistas mineiros que se deparam constantemente com efeitos colaterais e sequelas relacionados ao uso de esteroides anabolizantes em pacientes, apoia incondicionalmente o documento assinado por essas seis entidades médicas.

A carta encaminhada ao CFM alerta para a crescente disseminação de desinformação em redes sociais, que fazem apologia ao uso dos hormônios, “transmitindo uma falsa expertise e segurança na prescrição”, o que coloca em risco a saúde da população.

O bombardeio de anúncios publicitários, vendendo cursos de prescrição de anabolizantes, tendo como público alvo os médicos recém-formados, que alvejam altos rendimentos e uma rápida colocação no mercado de trabalho, e a percepção de impunidade gerada pela “normalização” dessas estratégias medicamentosas também são apontados no documento, que ainda ressalta as extensas evidências científicas e o grave problema de saúde pública relacionado ao tema. 

Confira o documento das instituições na íntegra

CFM proíbe anabolizantes para fins estéticos e ganho de massa

Em resposta à carta das seis sociedades médicas e frente ao apelo dos médicos individualmente, a prescrição de uso de anabolizantes e esteroides androgênicos para fins estéticos, ganho de massa muscular e melhora do desempenho esportivo foi proibida pelo Conselho Federal de Medicina (CFM). A norma foi publicada no Diário Oficial da União nesta terça-feira (11) e atende a uma petição realizada por seis sociedades médicas.

Confira a Resolução do CFM

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