O cardiologista Daniel Soares Sousa, membro do Grupo de Estudos sobre Eletrocardiografia da Sociedade Mineira de Cardiologia (SMC) e da Regional Centro-Oeste da SMC, realizou, em Divinópolis, no dia 11 de janeiro de 2020, o inovador procedimento de implante de cardiodesfibrilador interno subcutâneo (CDI-S), o primeiro da Região Centro-Oeste de Minas Gerais.

O CDI transvenoso de longa data já é utilizado para a prevenção de morte súbita cardíaca secundária FV / TV. O CDI-S preserva o mesmo benefício, mas com o benefício extra de não necessitar de acesso vascular para seu implante. Isso facilita a cirurgia e minimiza complicações imediatas e futuras relacionadas a um dispositivo dentro da veia e do coração. Eliminando, desse modo, a ocorrência de infecção sistêmica e endocardite infecciosa relacionadas ao dispositivo.

Essas evidências embasaram a classe de indicação I da diretriz AHA/ACC/HRS de 2017, para o implante de CDI-S nos candidatos a CDI com acesso venoso inadequado ou alto risco de infecção do dispositivo ( ICC, IRC, DM, infecção prévia do dispositivo ) e  IIA para qualquer candidato a CDI que não precise de estimulação antibradicardia, Terapia de Ressincronização Cardíaca ou estimulação antitaquicardia (ATP).

Daniel Soares Sousa é especialista em Eletrofisiologia Cardíaca pela Sociedade Brasileira de Arritimias Cardíacas (Sobrac), Estimulação Cardíaca Artificial pela Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC)/Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular (SBCCV) e Cardiologia pela SBC.