De 4 a 6 de julho de 2019, aconteceu o 29º Congresso da Sociedade Mineira de Cardiologia (SMC), realizado em Belo Horizonte, no Ouro Minas Palace Hotel. Com uma programação intensa e diversificada, o evento contou com aproximadamente mil inscritos, dentre conferencistas e congressistas que lotaram os auditórios Centenário, Ouro Preto e Tiradentes. Através de mesas-redondas, simpósios, casos clínicos, temas livres, entre outras atividades, os participantes debateram sobre diversos assuntos ligados à temática central do Congresso: Onde o conhecimento e a prática clínica se encontram.

Realizada no primeiro dia de evento (4/7), a solenidade de abertura do Congresso da SMC teve a presença de representantes da SBC e da SMC, de autoridades médicas e do homenageado da 29ª edição, o cardiologista Roberto Luiz Marino, saudado por sua filha, a também cardiologista Bárbara de Abreu Marino. Durante a solenidade, o diretor científico da SMC, José Carlos da Costa Zanon, enfatizou a importância da Sociedade para a cardiologia mineira: “A SMC vem cumprindo com imensa dedicação o seu principal papel como sociedade científica: a atualização profissional e o auxílio à formação do cardiologista. Tivemos mais de 300 trabalhos científicos submetidos para apresentação, ratificando a importância e a credibilidade de nosso Congresso”.

Destaques

O primeiro dia de evento contou com alguns destaques, dentre eles, o Simpósio da Associação Mineira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista. As palestras foram ministradas pelos cardiologistas paulistas José Ribamar da Costa Jr., José Armando Mangione e Eugênio Gomes de Moraes, os quais discutiram sobre estudos e tratamentos recentes relacionados a doenças cardiovasculares (como a insuficiência mitral e a oclusão percutânea do apêndice atrial). O Congresso recebeu o pesquisador Otávio Berwanger, do Hospital Albert Einstein (SP), que analisou os três principais estudos recentes que impactaram a prática clínica: os trials DECLARE, AUGUSTUS E BRIDGE. Ao longo de seu primeiro dia, o Congresso também deu início à Sessão de Temas Livres, com apresentações orais e e-pôsteres.

Na sexta-feira, 5/7, o evento teve início com a Sessão de Grandes Ensaios Clínicos. A atividade teve a presença de diversos especialistas da área de cardiologia geral e hemodinâmica para comentarem estudos que aprimoraram o dia a dia das prescrições. O segundo dia – que contou com mesas-redondas relacionadas à doença de Chagas, insuficiência cardíaca, cardiologia do esporte, dentre outras temáticas – finalizou com o inédito e aguardado Simpósio Conjunto SMC/Duke University, coordenado por um dos maiores nomes da pesquisa nacional e internacional, Renato Lopes (EUA). O Simpósio apresentou o que há de mais moderno em pesquisas sobre doenças como a diabetes, a dislipidemia, a fibrilação atrial, a hipertensão e a insuficiência cardíaca.

O terceiro e último dia de Congresso foi dedicado às discussões de casos clínicos realizadas simultaneamente em dois auditórios – o Super Sábado. Com interação direta da plateia com os debatedores, os ensaios clínicos trouxeram aos profissionais condutas para casos reais de pacientes. 

Que venha 2020

Após as apresentações, a solenidade de encerramento finalizou oficialmente os três agitados dias de evento. O presidente da SBC/MG, Carlos Eduardo de Souza Miranda, enfatizou a grande participação de profissionais das regionais. “A Sociedade é mineira e não metropolitana, em todas as regionais temos pessoas com histórico junto à SMC e que nos auxiliam e se fazem presentes em nossos diversos eventos.” Além de enfatizar as inovações trazidas ao Congresso de 2019, como os aplicativos SMC2019 e Vox Vote, o jornal diário impresso do evento, os casos clínicos interativos e os Simpósios da AMHCI e da Duke University, o presidente agradeceu o trabalho da diretoria, dos parceiros e do público. Ele aproveitou para convidar a todos para o próximo Congresso da SMC, a ser realizado de 2 a 4 de julho de 2020 e que terá na presidência a cardiologista Cláudia Maria Vilas Freire.

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